O mapeamento comportamental é um processo que envolve várias técnicas, como testes, entrevistas, dinâmicas em grupo e até simulações. Por meio dele, o RH consegue mapear o perfil dos colaboradores da sua empresa, considerando vários aspectos, como, o modelo mental, suas preferências, motivações e restrições de cada um.

Essa ferramenta ajuda as empresas a se aproximarem de seus times, entendendo suas necessidades e dificuldades, bem como os seus desejos. Assim, ao realizar o mapeamento comportamental dos colaboradores, é possível identificar diversas competências e preferências, além das principais características pessoais de cada profissional.

São 4 os tipos de perfil comportamental existentes:

Comunicador | Pessoa que tem grande poder de persuasão, otimismo e  muito carisma. É entusiasmada com novidades e projetos lançados. Em relação aos colegas, é um indivíduo de bons relacionamentos e costuma influenciar outras pessoas rapidamente e contagiando-as com seu ponto de vista favorável. Apesar disso, é um profissional que peca no tocante ao planejamento e à análise, podendo acreditar muito em iniciativas pouco viáveis.

O lado negativo — além da falta de planejamento e análise — é a dificuldade em seguir processos, normas e cronogramas. Apesar disso, times com poucos comunicadores tendem a ter dificuldade com o fluxo de informações em relação aos demais setores. A área também inclina-se a ter moral mais baixa, podendo haver dificuldades com a confiança no trabalho.

Executor | É aquela pessoa que chega em um ambiente e o domina. Ele gosta de obstáculos e dificuldades, porque seu senso de competitividade é elevado. Defende sempre seus pontos de vista e é bastante corajoso, mas também tende a ser ditatorial e autoritário. O aspecto positivo desse perfil é que essa pessoa realiza o que é necessário a todo custo. O executor consegue contornar os desafios e torná-los realidade como for preciso. Para isso, também demonstra elevada autoconfiança, além de ser objetivo, determinado e focado em resultados.

O lado negativo é que a perseguição a um resultado pode causar prejuízos quando a empreitada é desnecessária ou in - atingível. Afinal, o executor dificilmente desiste do que quer.

Analista | É detalhista, meticuloso e preocupado. O profissional analista é responsável, muito conservador e organizado. Por isso, é uma pessoa capaz de controlar rotinas repetitivas e processos executados diariamente. Adora mapear, analisar e aperfeiçoar fluxos de trabalho para garantir que tudo seja realizado da melhor maneira. É  perfeccionista e cumpre os passos indicados com segurança. Os analistas são perfeitos para projetos relacionados à pesquisa e ao conhecimento, já que, nessas iniciativas, é fundamental criar resultados úteis, precisos e comprováveis.

Uma equipe com muitos colaboradores desse perfil será indecisa e pouco pratica. São orgulhosos, porque querem que todas as etapas saiam excessivamente perfeitas. Assim, são bastantes críticos com eles mesmos e com os outros.

Planejador | Tem ritmo constante, além de ser conservador e estável. É bastante controlado e dificilmente entra em pânico, porque costuma planejar tudo antecipadamente. No entanto, tem baixa capacidade de improviso quando necessário e sua criatividade é limitada porque acha difícil inovar ou pensar fora da caixa. Gosta de ajudar outras pessoas, tende a trabalhar bem em equipe. É paciente e não apresenta altos e baixos nas suas atividades. É um profissional de fácil convivência e bastante confiável. Sempre evita conflitos diretos e costuma ter um bom senso de justiça. As equipes com bons planejadores costumam seguir o que foi determinado, mas dificilmente alcançam resultados acima do esperado.

O lado negativo é que muitas decisões ficam na etapa de programação e nunca saem desse estágio até que alguém com perfil dominante mude esse cenário e coloque-o em prática.

Flaviana Tubin, especialista em Gestão de Pessoas e Recursos Humanos

https://blogdaflaviana.com.br/